Em um lindo lugar encantado, vivia um pequeno unicórnio que adorava correr pelos campos e fazer novos amigos.
Um dia, sofreu um pequeno acidente ao esbarrar em um galho de uma árvore, desprendeu o seu chifre e ele ficou muito triste, pois não tinha mãos para colocá-lo de novo no lugar.
Um anjinho ia passando por ali e perguntou se poderia ajudá-lo.
Ele ficou um pouco assustado, pois nunca tinha deixado ninguém encostar em seu chifre, mas sentiu que o anjinho era do bem e deixou que ele o ajudasse.
O anjinho disse que o chifre do unicórnio estava quebrado e que, se ele deixasse, poderia levar a uma oficina para consertar.
O unicórnio ficou com medo de que aquele anjinho sumisse com seu lindo chifre e pediu que ele deixasse suas asas como garantia de que o traria de volta.
O anjinho concordou, até porque tinha outras asas na nuvem onde morava. E levou o chifre para o conserto.
Enquanto esperava, o unicórnio teve a ideia de usar aquelas asas e realizar seu grande sonho de voar, e passou o resto do dia se sentindo um verdadeiro cavalo alado, voando além das nuvens, vendo toda a beleza daquele lugar e sentindo aquele ventinho gostoso… Mas mesmo gostando daquelas sensações todas, sentia que não tinha nascido para voar. Ainda preferia correr e sentir de perto as coisas da natureza.
Quando o anjinho voltou, não o encontrou e imaginou que ele tinha fugido com suas asas, então resolveu também experimentar o chifre do unicórnio, que era colorido e muito bonito. Mas quando se olhou no reflexo de um rio não se reconheceu. Lembrou até de um irmão seu que havia abandonado o céu e ficado malvado.
– Cruz credo! Exclamou o anjinho. Tirando rapidamente o chifre da sua cabeça.
Começou então a procurar o unicórnio para fazer a troca, pois também gostava muito daquelas sua asinhas.
Quando se encontraram ficaram muito felizes, pois perceberam que eram especiais por serem como são. Não precisavam mudar por fora para se sentirem melhores, bastavam ser eles mesmos.
O unicórnio com seu chifre e o anjinho com suas asas se tornaram grandes amigos e foram felizes para sempre.